terça-feira, 28 de abril de 2009
Não sei que título hei-de dar a este post mas isso é o menos importante


Quatro e quarenta e cinco.
Da manhã.
É uma boa hora para se estar a fazer companhia ao colchão.
Para mim, é a hora de pôr o pézinho na rua.
E dirigir-me à paragem.
Para variar consigo chegar antes do autocarro.
Dá um jeito do caraças, principalmente quando se quer ir lá dentro.
É uma paragem que foi feita com todo o carinho que um presidente da Junta que se está a borrifar consegue expressar.
Um ferro a assinalar o local e pouco mais.
À falta de banco, o pessoal espera de pé.
De repente, a senhora que está à minha frente desata a correr para o meio da rua.
Grita e esbraceja como se não houvesse amanhã.
Cai e esperneia do mesmo modo.
Eu confesso que antes do primeiro shot de cafeína, devo ter menos actividade cerebral do que um zombie.
De madrugada, o caso pode ser mais dramático.
Ainda assim, a primeira coisa que me ocorreu é que aquilo era um ataque epilético.
A senhora levantou-se, correu novamente em direçcão à paragem e aí desmaiou.
Toda a gente se afastou. Houve até quem desse gritinhos histéricos.
Eu tentei amparar-lhe a queda mas já tinha marcado o 115 e só tinha um braço livre.
A senhora ficou inerte no chão, com a cabeça no meu colo, enquanto eu respondia às perguntas do operador.
Entretanto chega o autocarro.
Nem uma daquela dezena de pessoas que ali presenciou a cena se dignou a dizer o que quer que fosse.
E o único olhar que dirigiram foi em direcção aos degraus do autocarro.
São coisas que me tiram do sério.
Quando o autocarro se afastou, é bem possível que tenha rogado pragas a cada uma delas.
É mais do que provável que tenha ofendido a mãe de todas.
Não me lembro.
Já lá vão 8 ou 9 anos.

Hoje, na estação, uma situação semelhante.
Uma senhora sentiu-se mal e perdeu os sentidos.
Houve de tudo.
Pessoas de telemóvel em riste.
Pessoas a irem chamar o segurança.
Pessoas a virem com água com açucar.
Pessoas a fazerem ventinho com lenços de papel.
Pessoas que acharam por bem, simplesmente, ir respirar para cima da senhora.
Eu, optei por não mexer um músculo.
Acho que ali, mais um dedo que fosse, só atrapalhava.
Fiquei só a observar.
E no meio do corre-corre, reconheci uma das pessoas que estava presente naquela paragem de autocarro.
Toda ela era aflição.
Já lá vão alguns anos, mas quase de certeza que era ela.
Quero acreditar que sim.
Porque acredito que andamos cá para algo mais do que trocar oxigénio por dióxido de carbono.
Porque sei que o tempo passa por nós, e muda-nos.
Por fora, mas certamente por dentro também.
E invariavelmente, ajuda a tornarmo-nos pessoas melhores.


[Ou isso ou sou eu que sou um "sonhador".
Também pode ser.]

 
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sábado, 25 de abril de 2009
Das músicas que nos ficam [29]

          
[Não era nascido na altura.
O arrepio é desde a primeira vez.]


 
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quarta-feira, 22 de abril de 2009
Espero que o Bill Gates não tenha levado o meu tweet a peito




 
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terça-feira, 21 de abril de 2009
No fundo até sou uma pessoa tímida

Olha, andei a fotografar-te o rabo.


Dito desta forma.
É toda uma harmonia de palavras que realça a veia poética que há em mim.
Se Camões ainda cá estivesse, ficava de boca aberta.
Ou com o miocárdio a dar o berro.
A verdade é que só a consegui embaraçar um bocado.
Tanto mais que foi a primeira vez que saiu comigo.
Ninguém a pode censurar se também tiver sido a última.
É que eu sou mesmo uma pessoa excepcional.
Obviamente, a vários níveis.




Errei no timming.
Se o tivesse dito a meio do jogo provavelmente não o teria perdido por 3 míseros pinos.
 
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domingo, 19 de abril de 2009
R-E-S-P-E-I-T-O
Gosto do meu trabalho.
Tenho o privilégio de ter a profissão que escolhi.
É verdade que não faço apenas aquilo que gosto.
Mas deve ser por isso que se chama trabalho.
Também há aquela coisa chamada profissionalismo.
Fazer sempre o melhor que se pode e que se sabe.
Goste muito ou pouco, foi assim desde o primeiro clique.
Não vai mudar até ao último.
Tenho esta mania de levar o meu trabalho muito a sério e, correndo o risco de me chamarem esquisito, gosto que o respeitem.

O último serviço da semana que passou foi a estreia de uma peça no teatro D. Maria II.
Calhou-me na rifa uma das pessoas mais abjectas abjectas com que me cruzei nos últimos tempos.
Parece que é assessor de imprensa.
Não sei é como é que lá chegou.
Falta-lhe essa coisa básica chamada educação.
À falta de melhor, resolve compensar com laivos de arrogância sempre que pode.
É um bom exemplo do deslumbramento com o pequeno poder por parte de quem não deve largar um "ai" lá por casa.
O Sávio de outros tempos teria-lhe dado uma passa na 2ª vez que se pôs à frente da objectiva.
Mas os anos vão passando e levam-nos esses ímpetos da juventude.
Deixei passar a 2ª. E a 3ª vez, também.
À 4ª, alto lá e pára o circo.
Há uma diferença abismal entre ser tolerante e ser capacho.
Principalmente quando a situação envolve o travar conhecimento com a sola de sapatos alheios.
Nessa altura fecho a loja da tolerância e abro o balcão de informação que põe os pontos nos is.
Estava toda a gente a sentir o mesmo.
Calhou a mim ser a voz da indignação.
O aspirante a pequeno ditador, por instantes, congelou.
Depois pediu a minha identificação.
Quando fui embora andou a espalhar que ia escrever ao director do jornal.
A V., que está nestas andanças há pouco tempo, ficou com receio.
Disse logo que se chegava à frente, se fosse preciso defender-me.
Eu agradeci.
E sorri.
Gostei de sabê-la do meu lado. Melhor que ela, só mesmo a razão.
E neste caso nem preciso de argumentos.
Tenho as provas.




P.S.: Quando estava a fazer o tratamento digital, o meu director passou por mim.
Avisei-o de que poderia receber uma queixa de uma virgem ofendida a dizer que eu tinha sido "rude".
Largou uma gargalhada.
Obviamente.
 
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sábado, 18 de abril de 2009
Warning: procede with extreme caution!



Diz que gosta de malhar na direita.
Com risco para a minha integridade física, foi esse o lado em que me posicionei.

 
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terça-feira, 14 de abril de 2009
Em agenda, uma amostra de felicidade
A semana que passou foi uma das melhores dos últimos tempos.
Não por causa de mais 429 elogios que recebi pelo corte de cabelo.
Se bem que também ajudou.
É sempre bom quando o ego vai bater à porta da estratosfera.
Uma das pessoas que conheci no sábado, começou com os elogios no cabelo e foi acabar nos olhos.
Pelo meio atirou que eu era um rapaz todo jeitoso.
Isto sem estar a ser coagida.
Confesso que estive muito perto de convidá-la para sair comigo.
O marido é que era capaz de não achar muita graça.
E eu não estou para andar a levar com a bengala de ninguém.
Mas como dizia, não foi nada disso que me pôs na cara o sorriso capaz de fazer inveja a qualquer excêntrico do Euromilhões.
Foi o ter conseguido estar com a maior parte das pessoas de quem gosto.
No início do mês olhei para a agenda e perguntei quem é que mandava.
É claro que é ela mas lá me deu uma abébia.
Vai daí, foram almoços, jantares, lanches, cafés, e porque sim.
Tudo a servir de pretexto para estar com pessoas que não via há meses.
Houve chorrilho de nonsense e sonoras gargalhadas.
Distribuí beijos à esquerda e à direita.
E abraços, a torto e a direito.
Entre os meus Amigos não há discriminação.
São abraços de um metro e oitenta para todos.
Foi assim de segunda a sábado.
No domingo, a família à volta da mesa.
Na maior parte desses dias, o Sol, lá em cima a fazer o que lhe compete.
Pode parecer pouco.
Eu acho que não podia pedir mais.
Deus, Família, Amigos, um leitor de mp3 e uma máquina a fazer clique.
A vida, às vezes, pode ser incrivelmente simples.



P.S.: Tenho de aqui dizer que só houve uma pessoa que não gostou que eu tivésse cortado o cabelo.
Não gostou e houve uma ameaça de amuo.
Respondi-lhe com uma gargalhada e um abraço que lhe tirou os pés do chão.
Pronto... até nem te fica mal...
[Hmmm... good enough.]

 
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segunda-feira, 13 de abril de 2009
Adivinha quem veio jantar



Andou desaparecido durante meses.
Hoje, quando ia despejar o lixo, conheceu-me os passos.
Já sei que as minhas idas ao supermercado vão voltar a incluir a passagem pelo corredor da comida para bichos.
Por agora é o que há.
Bife de perú e o sarapatel da minha mãe.

 
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sábado, 11 de abril de 2009
Das músicas que nos ficam [28]


[Nostalgia de um tempo que se quer presente]





[A todos os que aqui passam, um Feliz dia de Páscoa.]

 
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sexta-feira, 10 de abril de 2009
Pipocas&lamechices [8]




Buongiorno Principessa!

 
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quinta-feira, 9 de abril de 2009
Achar que percebo bué disto e começar a fazer tutoriais





Imagino que vocês olhem ali para cima e se interroguem como é que eu pus aquela coisinha cutchi-cutchi no endereço do blogue.
É muito simples e faz-se em 3 tempos.
Eu acho que demorei 3 horas.
Pesquisei aqui e ali.
Parecia tudo ok.
Quando chegava aos finalmentes, o logo resolvia não aparecer.
Ora, eu já não tenho idade para brincar às escondidas.
Também não tenho muito tempo.
Mas sou teimoso persistente.
Portanto, voltei à carga. Aqui, ali e também acolá.
E provei que a teimosia persistência, dá frutos.
Como dizem os chineses, voilá:

A primeira coisa a fazer é arranjar a imagem, ou como vocês preferem chamar, a coisinha cutchi-cutchi.
Faz-se uma cópia e formata-se a 32X32 pixeis.
Depois vai-se a um gerador de FavIcon.
Carrega-se a imagem original - que deve ser quadrada e pequena - e clica-se em "Create Icon".
Convém guardar a imagem criada. A menos que sejam masoquistas.

De seguida tem de se hospedar as imagens.
[Não me perguntem porquê que eu vou muito bem a fingir que percebo disto.]
Eu criei uma conta no FileDen.
É a parte mais chata.
Eles querem saber tudo e mais alguma coisa.
Só falta perguntar o número da roupa interior.
Já agora eu uso o XXXXL.
Voltando ao FileDen, consegue-se despachar a coisa clicando no «PASS»/«SKIP».
Depois, faz-se o upload da imagem criada [.ico] e da que foi formatada a 32X32.
Memorizem os endereços das duas imagens.
Se forem uns meninos usem o Crtl+C...



<link href='aqui façam Ctrl+V do endereço da imagem com extensão ico' rel='shortcut icon'/>

<link href='aqui façam Ctrl+V do endereço da outra imagem' rel='icon' type='image/png'/>



Agora é só ir ao HTML do blogue e espetar esses dois parágrafos por cima da tag < /head>.


[Tive a ideia de fazer este post no domingo.
Na segunda escrevi metade do título.
E na quarta, a outra metade e 1 parágrafo.
Hoje escrevi o resto.
5 dias para escrever um post...
Caraças...!]


P.S.: Durante a elaboração deste post nenhum animal foi mal-tratado.
Tirando 1 frango.
E 1 salmão.
E vá, a mini-dourada anã também conta.

 
Posted by Sávio Fernandes @ 17:22 ¤ 0 comments
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Ossos do ofício

[Chego a preferir a festa do croquete.]
 
Posted by Sávio Fernandes @ 19:05 ¤ 0 comments