domingo, 19 de abril de 2009
R-E-S-P-E-I-T-O
Gosto do meu trabalho.
Tenho o privilégio de ter a profissão que escolhi.
É verdade que não faço apenas aquilo que gosto.
Mas deve ser por isso que se chama trabalho.
Também há aquela coisa chamada profissionalismo.
Fazer sempre o melhor que se pode e que se sabe.
Goste muito ou pouco, foi assim desde o primeiro clique.
Não vai mudar até ao último.
Tenho esta mania de levar o meu trabalho muito a sério e, correndo o risco de me chamarem esquisito, gosto que o respeitem.

O último serviço da semana que passou foi a estreia de uma peça no teatro D. Maria II.
Calhou-me na rifa uma das pessoas mais abjectas abjectas com que me cruzei nos últimos tempos.
Parece que é assessor de imprensa.
Não sei é como é que lá chegou.
Falta-lhe essa coisa básica chamada educação.
À falta de melhor, resolve compensar com laivos de arrogância sempre que pode.
É um bom exemplo do deslumbramento com o pequeno poder por parte de quem não deve largar um "ai" lá por casa.
O Sávio de outros tempos teria-lhe dado uma passa na 2ª vez que se pôs à frente da objectiva.
Mas os anos vão passando e levam-nos esses ímpetos da juventude.
Deixei passar a 2ª. E a 3ª vez, também.
À 4ª, alto lá e pára o circo.
Há uma diferença abismal entre ser tolerante e ser capacho.
Principalmente quando a situação envolve o travar conhecimento com a sola de sapatos alheios.
Nessa altura fecho a loja da tolerância e abro o balcão de informação que põe os pontos nos is.
Estava toda a gente a sentir o mesmo.
Calhou a mim ser a voz da indignação.
O aspirante a pequeno ditador, por instantes, congelou.
Depois pediu a minha identificação.
Quando fui embora andou a espalhar que ia escrever ao director do jornal.
A V., que está nestas andanças há pouco tempo, ficou com receio.
Disse logo que se chegava à frente, se fosse preciso defender-me.
Eu agradeci.
E sorri.
Gostei de sabê-la do meu lado. Melhor que ela, só mesmo a razão.
E neste caso nem preciso de argumentos.
Tenho as provas.




P.S.: Quando estava a fazer o tratamento digital, o meu director passou por mim.
Avisei-o de que poderia receber uma queixa de uma virgem ofendida a dizer que eu tinha sido "rude".
Largou uma gargalhada.
Obviamente.
 
Posted by Sávio Fernandes @ 23:18 ¤
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