... e assim por diante, se conjuga o presente do indicativo do verbo blogar.
Mas isso vocês sabem.
O que vocês não sabem, é que blogar é uma arte.
É por demais óbvio - e desculpem-me a sinceridade - que vocês não o sabem.
Há muitas coisas que eu não sei mas se há uma que sei, é que vocês não sabem que blogar é uma arte.
E agora, perguntam vocês [gosto de imaginar esta interactividade do ora perguntam vocês, ora respondo eu], como é que eu sei que vocês não sabem que blogar é uma arte?
Ora bem, antes de responder a essa pergunta, deixem-me que vos diga que agora são vocês que sabem que eu sei que vocês não sabem como eu sei que vocês não sabem que blogar é uma arte.

[errr... acho que um dos meus dois neurónios acabou de sofreu um AVC e caiu para o lado.]

Vamos lá simplificar.
Se vocês soubessem que blogar é uma arte não andavam por aqui.
Andavam, por exemplo, no "bitaites".
O "bitaites" é apenas um dos meus preferidos nisto de juntar letras na primeira pessoa.
Bem à parte de ter sido eleito o "Melhor Blog Português de 2007".
Tropecei nele antes disso e desde então, é paragem obrigatória na minha blogoronda.
O autor sabe escrever como poucos.
Escreve sobre o que sabe e sabe sobre o que escreve.
A tudo isso, junta um invulgar sentido de humor.
E aí está, para mim, a receita para uns minutos muito bem passados.

Mas a verdadeira surpresa chegou há pouco tempo.
Mais precisamente, depois de olhar com atenção para uma fotografia com 1x1.
E de reler quem assinava os posts.
Depois foi só somar 1+1 e ver que que o resultado era igualzinho ao geek - perdão, GEEK - que trabalha a dois passos de mim.
[E lamentar que a osmose não se dê ao nível da blogosfera.]


Adenda - [19:48]

Podem não acreditar, mas a ideia do início deste post não foi copiada do post do Marco.
É aquilo a que se pode chamar de "coincidência do caraças".
Ou isso, ou sou eu que estou, num ângulo de 360 graus, enganado sobre a osmose...

.

De ter 140 cavalos por baixo.
E só vento pela frente.



P'ró ano, p'ró ano...

.

Há coisas incomparavelmente mais importantes que o futebol.
Para percebê-lo, basta ver 11 gajos de águia ao peito num tapete verde.

*Ou a chamada, azia.

-Sávio, Domingo há jogo. E elas também vão! O pessoal vai levar gorros de Pai Natal... tens de levar a máquina!
[Disse o nosso Scolari, aka Manel]

E eu levei.
A máquina.
E o gorro de Pai Natal. Ou melhor, de Mãe Natal.
[Imagino que vocês estarão a pensar na minha linda figura...]
Mas não fui o mais bem vestido.
Houve quem preferisse um ushanka.
E mesmo quem aparecesse de gravata.
O resto só mesmo visto.
No campo ou no Powerpoint.
Contado nunca terá tanta graça.

Mas podem ficar com uma certeza.
Naquele rectângulo, aconteceu, muito provavelmente, um dos melhores jogos do mundo.
[E quem sabe, até mesmo de Portugal.]




Nota: Os acontecimentos em acima descritos, ocorreram no período do Natal.
É verdade que somos uns "g'andas malucos" mas não ao ponto de ir jogar à bola, com gorros de Pai/Mãe Natal, gravatas e ushankas, em pleno mês de Abril.
De [con]fundir Natal com Carnaval, talvez.

O que é que passa pela cabeça do pessoal que faz as playlists, para numa segunda-feira, de manhã, cedo, porem a tocar James Blunt, Avril Lavigne e outros que tal?
Quer dizer, uma pessoa acorda cheia de vontade de trabalhar [...bom, vontade de ir para o trabalho, vá], liga o rádio e é só slows e choradeiras sem fim.
Meus amigos, assim é complicado.
Tenho para mim que é por essas e por outras que isto não vai para a frente.
Que o PIB é o que se sabe e que volta e meia temos de fazer mais um furo no cinto.
A continuar assim, nunca vamos descobrir o sentido da alegria do Manuel Pinho.
E muito menos, a certeza que o Teixeira dos Santos sabe conjugar o verbo "sorrir" na primeira pessoa.
Está tudo interligado.
Vão por mim.
Não deve tardar muito, um qualquer estudo de Harvard ou Yale aparece por aí a demonstrar por a+b que esse tipo de playlist é a segunda razão para a falta de motivação/produtividade dos portugueses.
A primeira, como é óbvio, são os desaires desportivos do Benfica.
[Elementar, meu caro Sócrates.]

Em primeiro plano, à direita, familiares da vítima de homicídio.
Do lado esquerdo, familiares de um dos arguidos, condenado a 18 anos de prisão.

[Tribunal da Boa Hora.
Leitura da sentença relativa ao homicídio do empresário Paulo Cruz.
Os arguidos foram condenados a penas de prisão que oscilaram entre os 18 e os 23 anos.]

... e do pessoal da AEG, LG, Singer, Fagor, Samsung, Bosch, Siemens e por aí fora.




Estamos no século XXI e ainda ninguém se lembrou disso.
Parece impossível.
Há alguma coisa pior do que gastar tempo a passear o ferro para lá e para cá?

...e apenas porque sim.

Todo o vosso corpo, desde a ponta de uma asa até à ponta da outra asa - costumava dizer Fernão -, não é mais do que o vosso próprio pensamento, uma forma que podem ver. Quebrem as correntes do pensamento e conseguirão quebrar as correntes do corpo.

Obrigado, Elizabete, Paulo e João.

[Sim, João. Provavelmente não deves saber mas deste um presente fantástico ao tio.]

O primeiro, conheci-o há alguns anos, em Óbidos. O segundo, conheci-o há alguns dias, em Lisboa.
O primeiro é craque com a bola nos pés. O segundo não se sai nada mal com um taco nas mãos.
O primeiro ganha mais de um milhão. O segundo, seguramente que não.
O primeiro intitula-se "o génio da bola". O segundo chama-se "António. António Machado.".
O primeiro é notícia por mudar de camisa. O segundo é quase nota de rodapé.
O primeiro marca golos dentro de campo. O segundo faz hole-in-one pela vida fora.



António Machado, um dos homenageados na cerimónia de comemoração do aniversário da Special Olympics Portugal, foi o vencedor da medalha de prata em golfe, nos Jogos Mundiais de Verão 2007, em Xangai.


Quem diz o António, diz a Sofia ou o Ricardo.
Ou qualquer um dos outros 18 atletas que subiram àquele palco e cujos nomes a minha memória é agora incapaz de recordar.
Bem gravado cá dentro, fica a postura comum a todos.
Independentes das limitações mentais, aqueles atletas demonstram uma atitude que põe a própria vida a fazer continência.
Não acho possível que quem ali esteve presente, não tenha sentido, ainda que por instantes, a insignificância dos seus grandes dramas pessoais.




"ESPECIAIS", de facto.

Ora bem, já que estão a perguntar, eu respondo: Nem sempre.
É verdade. Nem sempre "what you see is what you get".
Pegando num exemplo prático... olhem, vamos pegar nesse gajo aí do lado direito, que está mesmo à-mão.
Por acaso, sou eu.
[Diga-se, de passagem, que não é a forma como me vejo.]
Foi como me viram.
O verbo no passado tem o sentido exacto de 8 anos.
9, vá. [Estou a ficar velhote...]
As diferenças são algumas...
Acrescentem-lhe uns 5 quilos.
Depois, acrescentem mais 10. [Sim, que isto de se ser completamente insano por gelados e pastéis de nata, pesa na balança.]
Cortem uns quantos centímetros ao cabelo e juntem umas dezenas de brancos aos pretos.
Tirem o lenço da cabeça mas deixem estar a cruz ao pescoço e o elástico no pulso.
E pronto, é tudo.
Ou quase.
Porque isto de olhar demoradamente para mim - algo que não aconselho a ninguém -, dá-me direito a mais que um, chamemos-lhe, "flashback comparativo".
Para lá do físico [e deixemos por agora, o meu "corpinho danone"], olho para as diferenças cá dentro.
Entre a fotografia e o hoje, começo a traçar uma linha imaginária para juntar os dois pontos.
Tendo sentido ascendente, não é, de todo, uma recta.
Pelo meio, há atalhos que não o foram e decisões que de acertadas, tiveram muito pouco.
Mas acho, ou melhor, tenho a certeza que nem só de passos em frente se faz a caminhada.
Vezes há, em que mais importante que o caminho certo à primeira, é a consciência da direcção errada, ainda que à segunda.
O próprio percurso acaba por ensinar - para quem quer aprender, claro - a valiosa lição de pôr a vida em perspectiva.
As prioridades de hoje, diferenciam-se claramente dos objectivos de ontem.
A certeza absoluta, essa, é a mesma de amanhã e depois.
A escalada continua a ter de ser feita.
Com a noção que, por vezes [talvez, muitas vezes], as dificuldades não estão no caminho mas sim, em quem caminha.


P.S.: Espero que ninguém me venha perguntar que raio é que tudo isto quer dizer porque eu só estou aqui, no blogue, a fazer tempo para o AS Roma - Manchester United.

Para quem não tive a oportunidade de enviar por e-mail e para quem não conhece.
Para quem tive oportunidade de enviar e para quem conhece.




* mais coisa, menos coisa.