Ora bem, já que estão a perguntar, eu respondo: Nem sempre.
É verdade. Nem sempre "what you see is what you get".
Pegando num exemplo prático... olhem, vamos pegar nesse gajo aí do lado direito, que está mesmo à-mão.
Por acaso, sou eu.
[Diga-se, de passagem, que não é a forma como me vejo.]
Foi como me viram.
O verbo no passado tem o sentido exacto de 8 anos.
9, vá. [Estou a ficar velhote...]
As diferenças são algumas...
Acrescentem-lhe uns 5 quilos.
Depois, acrescentem mais 10. [Sim, que isto de se ser completamente insano por gelados e pastéis de nata, pesa na balança.]
Cortem uns quantos centímetros ao cabelo e juntem umas dezenas de brancos aos pretos.
Tirem o lenço da cabeça mas deixem estar a cruz ao pescoço e o elástico no pulso.
E pronto, é tudo.
Ou quase.
Porque isto de olhar demoradamente para mim - algo que não aconselho a ninguém -, dá-me direito a mais que um, chamemos-lhe, "flashback comparativo".
Para lá do físico [e deixemos por agora, o meu "corpinho danone"], olho para as diferenças cá dentro.
Entre a fotografia e o hoje, começo a traçar uma linha imaginária para juntar os dois pontos.
Tendo sentido ascendente, não é, de todo, uma recta.
Pelo meio, há atalhos que não o foram e decisões que de acertadas, tiveram muito pouco.
Mas acho, ou melhor, tenho a certeza que nem só de passos em frente se faz a caminhada.
Vezes há, em que mais importante que o caminho certo à primeira, é a consciência da direcção errada, ainda que à segunda.
O próprio percurso acaba por ensinar - para quem quer aprender, claro - a valiosa lição de pôr a vida em perspectiva.
As prioridades de hoje, diferenciam-se claramente dos objectivos de ontem.
A certeza absoluta, essa, é a mesma de amanhã e depois.
A escalada continua a ter de ser feita.
Com a noção que, por vezes [talvez, muitas vezes], as dificuldades não estão no caminho mas sim, em quem caminha.
P.S.: Espero que ninguém me venha perguntar que raio é que tudo isto quer dizer porque eu só estou aqui, no blogue, a fazer tempo para o AS Roma - Manchester United.